Segundo Antônio Risério relata em seu livro “Uma história da cidade da Bahia”, o futebol no estado não destoava das demais cidades brasileiras. A modalidade esportiva se popularizava a cada dia e se espalhava por toda a cidade do Salvador, centralizando-se em espaços públicos como o Campo da Pólvora, depois no Hipódromo da Lucaia, no Rio Vermelho, e em seguida no Campo da Graça, local construído entre a a esquina da Rua Catarina Paraguaçu com a Avenida Euclídes da Cunha, especificamente para acolher os “mocinhos bem nascidos” [RISÉRIO, 2004], na prática esportiva.
Assinado pelo arquiteto Diógenes Rebouças, falecido em 1994, os primeiros projetos sobre a Fonte Nova, surgiram na década de 40, para suprir as carências do famoso Campo da Graça, que já não dava mais condições de acolher as grandes torcidas. Segundo matéria publicada no Diário de Notícias do dia 01 de março de 1971, foi necessária a pressão popular para que o projeto fosse colocado em prática. “No dia 28 de agosto de 1947 saiu a conclamação para a construção do Estádio” (DN, 01/03/1971).

Após a Semana de Urbanismo, em 1935, Salvador viveu um amplo processo de remodelação da cidade para atender às exigências de seu crescimento. Foi detectada a necessidade de criação das avenidas de vale, que mudou todo o cenário da cidade.
Na década de 40, conforme indica o documentário “Salvador em Películas, um século de história”, da TVE, as “picaretas do progresso” estavam presentes em toda a cidade. Neste período, as ruas foram alargadas, construíram-se avenidas importantes como a Sete de Setembro e a Vasco da Gama. Na década de 50, com características que revelavam a vocação de metrópole, Salvador já era uma cidade em ebulição, com 417 mil habitantes.

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