O futebol brasileiro é um grande negócio e movimenta fortunas todo mundo. Atraídas por esta parcela da economia, empresas estrangeiras têm demonstrado interesse na reforma, na administração e no funcionamento do estádio Octávio Mangabeira, conhecido como Fonte Nova.
Atento a este movimento e buscando solucionar a escassez de recursos estatais necessários para o desenvolvimento da precária infra-estrutura da praça esportiva, o governo da Bahia abriu uma concorrência pública possibilitando a entrada do capital privado através das Parcerias Público Privada (PPP´s), instituída pela Lei Federal n.º 11.079/04.
Sete empresas apresentaram propostas. A vencedora foi a paulista Setepla Tecnosolo, uma das responsáveis pela reforma e adequação do estádio de Hannover, na Alemanha. O formato do projeto que será executado em Salvador, terá características similares ao alemão.
Outra participação do capital internacional na Fonte Nova foi a aprovação da americana KPMG Structured, que será responsável pelo desenvolvimento do projeto de sustentação econômica do estádio, após a reforma.
Recentemente em viagem à Europa, o governador Jacques Wagner teve acesso a mais uma empresa estrangeira com interesse em investir na Fonte Nova. Desta vez, foi a holandesa Amsterdam Arena, responsável pela modelagem comercial e pelo funcionamento da estrutura da Arena Ájax, considerado um dos mais modernos do mundo, concebida para multiuso, como será o estádio baiano.
Diante disto, o torcedor baiano já demonstra sinais de apreensão. O porteiro José Carlos, 33 anos, torcedor do Bahia, e frequentador assíduo da Fonte Nova, comemora os anúncios de recuperação da praça desportiva, porém explicita sua preocupação quanto ao custo dos ingressos. “Eu sempre estava na Fonte Nova todas as quartas-feiras, não perdia um jogo do Bahia. Depois da reforma, não sei se poderei continuar indo”, afirma. “Se for como em Pituaçú, com ingressos de até R$ 100,00 vai ficar difícil”, reclama.

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